Finalmente havia chegado o momento de morar só. O critério para a escolha da nova casa ressoava uníssono em meus pensamentos. O lugar que passaria a chamar de lar deveria ser pertinho do Potengi, por motivos que nem eu mesmo saberia explicar com exatidão. E assim se sucedeu durante um ano inteiro. Vivi alegremente sob a companhia, por vezes delicada, por vezes agitada, das águas desse rio largo, rio grande. Convivi o dia-a-dia de suas matas e os ciclos de suas marés. Meditei os movimento dos barcos e o céu alaranjado refletido em seu espelho cristalino brilhou também nos meus olhos.